Rastros dos corpos e suas projeções: um relato de experiência sobre o processo de criação

Autores

  • Matheus Saraçol Folha Universidade Federal de Pelotas
  • Diego Dos Santos Soares Universidade Federal de Pelotas
  • Carlos Eduardo De Oliveira Prado Universidade Federal de Pelotas
  • Nádia Da Cruz Senna Universidade Federal de Pelotas

Resumo

A experiência advinda do trabalho prático/poético é decorrente de um exercício visual provocativo e coletivo que problematizou corpos e seus rastros nos espaços sendo produzido e apresentado através de tecnologias.  Realizado na primavera de 2017, seguimos por uma metodologia e proposta dos processos criativos fundamentadas nas poéticas dos componentes do grupo, a discussão faz uso dos autores: Carlos Guinzburg, Edith Derdyk e Éliane Chiron para um rápido embasamento. A partir disso apresentamos a potência do trabalho em conjunto, sua possibilidade de criação única a partir de dispositivos tecnológicos contemporâneos, como a câmera digital e programa de edição e criação de imagem. Mostramos as questões do tempo passado, apresentado através do registro, e das possibilidades de um futuro ficcional, surgidos a partir do desenho e sua natural característica projetual.

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Biografia do Autor

Matheus Saraçol Folha, Universidade Federal de Pelotas

Graduado pelo curso de Bacharelado em Artes Visuais na Universidade Federal de Pelotas. Atuou como bolsista de Iniciação Cientifica. Colabora junto ao Projeto As artistas do sul: experiências lúdicas e educativas. Foi colaborador em Projetos de Ensino - Monitor Voluntário na Disciplina de desenho de figura humana e Extensão - Projeto Arte na Escola- Polo UFPEL, Programa Arte, Inclusão e Cidadania. Atua na área artes visuais com base principal no desenho,além de produzir ilustrações. Atualmente mestrando do Programa de Pós Graduação em Artes Visuais pela Universidade Federal de Pelotas na linha de pesquisa Processos de Criação e Poéticas do Cotidiano.

Diego Dos Santos Soares, Universidade Federal de Pelotas

Formado em técnico do vestuário pelo CAVG (colégio Agrícola Visconde da Graça) Atuando 10 anos como estilista, graduado-Licenciatura em artes visuais pela UFPel (2011) participou do Grupo de estudos de Gênero Caixa de Pandora e foi extensionista do Atelie de Modelo Vivo e Desenho de observação participando e organizando diversas atividades e seminários acadêmicas ligados a Arte, ensino, memoria, gênero e ilustração/desenho . Também Pós- Graduado em Patrimônio Cultural e Conservação de Artefatos e graduado(2012/13) em artes visuais -bacharelado(2012/17). Atualmente cursando o Mestrado em Artes Visuais na linha de pesquisa de Ensino de arte e Educação Estética (2017) ainda continua dedicando-se ao estudo de gênero através do do grupo caixa de pandora e produção de livros infantis no grupo de estudos As artistas do Sul em experiências lúdicas e educativas. 

Carlos Eduardo De Oliveira Prado, Universidade Federal de Pelotas

Professor na Escola de Ensino Médio Sesi Eraldo Giacobbi; formado em Teatro-Licenciatura pela Universidade Federal de Pelotas; mestrando em Artes pelo Programa de Pós Graduação em Artes Visual da Universidade Federal de Pelotas; pós graduando em Produção Cultural - cultura de desenvolvimento do mercado pelo SENAC SP; ator e contador de história no grupo Elefante Colorido - contadores de histórias.

Nádia Da Cruz Senna, Universidade Federal de Pelotas

Realizou estágio Pós-Doutoral na Universidade do Algarve (2016), Doutora em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (2008), mestre em Multimeios pela Universidade Estadual de Campinas (1999), especialista em arte-educação (1991) e bacharel em Pintura (1989) pela Universidade Federal de Pelotas, graduada em Engenharia Civil pela Fundação Universidade Federal do Rio Grande (1984). Atualmente é professora associada do Centro de Artes, da Universidade Federal de Pelotas, atuando junto aos cursos de graduação e mestrado em artes visuais. Tem experiência na área de Artes e Comunicação Visual, sendo responsável pelas disciplinas de Desenho de Figura Humana, Ateliê de Desenho, História em Quadrinhos e o Desenho do corpo o corpo que desenha. Coordena pesquisas e projetos de extensão focados na produção e ensino do desenho, na linha dos estudos culturais e de gênero. Participa dos Grupos de Pesquisa Caixa de Pandora: Estudos de Arte, Gênero e Memória e Percursos Poéticos e Grafias na Contemporaneidade. Coordena o Projeto Arte na Escola - Polo Pelotas, é tutora do Grupo PET-Artes Visuais/UFPel e diretora adjunta do Centro de Artes/UFPel.

Referências

Nas ciências humanas fala-se muito, e há muito tempo de "representação", algo que se deve, sem dúvidas, à ambigüidade do termo. Por um lado, a "representação" faz às vezes da realidade representada e, portanto, sugere presença. Mas em contraposição poderia ser facilmente invertida: no primeiro caso, a representação é presente, ainda que como sucedâneo; no segundo ela acaba remetendo por contraste, á realidade ausente que pretende representar. (GINZBURG, 2001, p. 85).

“A presença corporal confirma o ser, o estar e o fazer do homem no mundo.” (DERDYK, 1990, p. 23).

O gesto como tensão seria, então, uma força (“energia”) que age inconscientemente de modo a deslocar, isto é a distanciar e a reatar. O gesto se desdobra no tempo da instauração da obra, que é também retroação dos gestos antigos (CHIRON, p21, 2004).

CHIRON, Éliane. Anatomia do gesto criador em uma prática do desenho. Revista Porto Arte: Revista de Artes Visuais, Porto Alegre, v. 23, n. 38, 2018.
DERDYK, Edith. O desenho da figura humana. São Paulo: Scipione, 1990.
GUINZBURG, Carlos. Olhos de Madeira: Nove Reflexões sobre a distância. Tradução: Eduardo Brandão. - São Paulo: Companhia das Letras, 2001.

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Publicado

30-12-2018

Como Citar

Folha, M. S., Soares, D. D. S., Prado, C. E. D. O., & Senna, N. D. C. (2018). Rastros dos corpos e suas projeções: um relato de experiência sobre o processo de criação. Revista Do Colóquio, 8(15), 62–70. Recuperado de https://periodicos.ufes.br/colartes/article/view/21782