A ESPETACULARIZAÇÃO DO CONGO NO ESPÍRITO SANTO

Autores

  • Inara Novaes Macedo PPGA-UFES

Resumo

O Espírito Santo abriga grande diversidade de manifestações populares que se dividem em grupos, saberes e celebrações. Uma das práticas mais evidentes são as Bandas de Congo que estão espalhadas por todo o Estado e ganham cada vez mais notoriedade. Apesar de ter origem no período colonial, foi na década de 1980 que a manifestação alcançou destaque nacional, quando o cantor Martinho da Vila teve contato com o grupo da comunidade da Barra do Jucu, localizada em Vila Velha. O artista incluiu em seu álbum “o Canto das Lavadeiras” algumas toadas ouvidas na região, dentre elas, “Madalena do Jucu”. A partir daí iniciou-se um processo de valorização e reconhecimento do Congo como identidade local, que antes não era tão aceito pela maioria da população, principalmente católica. Aos poucos as Bandas foram descontextualizadas e deslocadas do seu espaço acústico e tradicional, para se tornar espetáculo em espaços privados. Este artigo apresenta reflexões sobre o processo de espetacularização do Congo no Espírito Santo. Utilizando como referencia a trajetória das bandas de congo da Barra do Jucu, pretende-se analisar os efeitos desse processo sobre as práticas tradicionais dos grupos, as relações de poder, as transformações e as ressignificações simbólicas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

19-12-2013

Como Citar

Macedo, I. N. (2013). A ESPETACULARIZAÇÃO DO CONGO NO ESPÍRITO SANTO. Revista Do Colóquio, 3(5), 87–106. Recuperado de https://periodicos.ufes.br/colartes/article/view/7686