Agências internacionais de notícias, telegramas e política: expedientes e práticas dos jornais brasileiros no alvorecer da Guerra Fria

Autores

  • Edvaldo Correa Sotana Professor Adjunto da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

DOI:

https://doi.org/10.23871/dimensoes-n41-18313

Resumo

Este artigo está inscrito na fronteira entre as áreas de história e comunicação. Nossa pretensão é apresentar alguns dados sobre a história das agências internacionais de notícias para, em seguida, refletir sobre aspectos do trabalho efetuado por jornais brasileiros com os telegramas utilizados para a produção do noticiário internacional sem, contudo, desconsiderar interesses econômicos e políticos nos momentos iniciais da Guerra Fria. Além da bibliografia consultada, utilizamos como fontes os jornais O Estado de S. Paulo, Folha da Manhã, Jornal do Brasil, Correio de Manhã, Tribuna Popular, Hoje e Voz Operária, bem como a revista Publicidade e Negócios e o Boletim da Associação Brasileira de Imprensa.

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Biografia do Autor

Edvaldo Correa Sotana, Professor Adjunto da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Doutor em História pela FCL – UNESP/Assis. Professor Adjunto da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Campus de Aquidauana, Curso de História. Coordenador do Laboratório de Estudos da Imagem, Imprensa e Som (LEIIS).

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Publicado

27-12-2018

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Artigos