A Interação entre História, Memória e Anacronismo em uma pintura de Portinari

Autores

  • Almerinda da Silva Lopes

DOI:

https://doi.org/10.23871/dimensoes-n41-23071

Resumo

O artigo reflete sobre o painel Tiradentes (1948-49), executado a têmpera pelo pintor brasileiro Cândido Portinari (1903-1962), encomendado ao artista pelo empresário mineiro Francisco Inácio Peixoto, para o colégio de Cataguases (MG), projetado por Oscar Niemeyer (1907-2012). Embora aborde um tema histórico, o artista não se propôs executar uma obra ilustrativa. Recorre a cores vibrantes e a uma gramática visual não naturalista - o que motivou na época algumas críticas. Reconfigura poética e anacronicamente cenas, cenários, imagens, personagens históricos e ficcionais, de diferentes tempos e espaços, dispondo-os lado a lado, em um mesmo écran cinemático. A reflexão sobre o painel, que aborda a saga da condenação à execução do revolucionário brasileiro, é respaldada nos conceitos de anacronismo e de memória e esquecimento, emprestados de Didi-Huberman (2000) e Ricoeur (2007).

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Publicado

27-12-2018

Edição

Seção

Artigos