Pragmatismo semiótico: Peirce e Nietzsche

Autores

  • Hartwig Frank Universidade Federal do Espírito Santo - UFES

Resumo

O objetivo do artigo é conceituar o pragmatismo semiótico de Peirce e investigar em que medida Nietzsche pode ser visto como antecipador dessa abordagem. Para Peirce o pragmatismo semiótico consiste em um método de interpretação dos signos através do auxílio de hipóteses pragmaticamente justificadas. Essas hipóteses são alcançadas pela inferência abdutiva: mediante um determina fato surpreendente uma hipótese nova pode ganhar direito de plausibilidade, colocando sob suspeita aquilo que é habitual e corriqueiro, isto é, as hipóteses mais antigas. Apresenta-se a ideia de que Nietzsche em sua crítica à moral utiliza a estratégia da argumentação abdutiva e, de modo decisivo, a lógica da suspeita: no lugar do fato surpreendente que mobiliza a inferência abdutiva em Peirce entra em cena, em Nietzsche, uma provocação com o intuito de promover [naquele que raciocina] uma transformação de si.

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Biografia do Autor

Hartwig Frank, Universidade Federal do Espírito Santo - UFES

É doutor em filosofia pela Unicamp e Professor do Programa de Pós-graduação em Filosofia da Universidade Federal do Espírito Santo. Fez doutorado Sanduíche pela Ernst-Moritz-Arndt Universität Greifswald/Alemanha, sob orientação do Prof Dr. Werner Stegmaier. Atualmente é também membro do GIRN (Groupe International de Recherches sur Nietzsche) pela Universität Greifswald. Pós-doutorado na Radboud University Nijmegen/Netherland, com trabalhos conjuntos realizados com o Prof. Dr. Paul van Tongeren. Tem pesquisas em autores como Nietzsche, Kierkegaard, Schopenhauer, Kant, Deleuze, bem como Literatura Estrangeira Moderna, especialmente russa e alemã

Referências

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Publicado

03-11-2016

Edição

Seção

Artigos