Os percursos de Dioniso e Zaratustra: Nietzsche crítico de si mesmo.

Autores

  • Márcio Silveira Lima Universidade Federal do Sul da Bahia

Resumo

O artigo pretende analisar o estatuto das presenças de Zaratustra e de Dioniso na obra de Nietzsche, focando numa análise que privilegia a interação entre os dois nomes e a que estratégias essa interação contribui. Trata-se, também, de questionar se ambos podem ser considerados alter ego do filósofo e, em caso negativo, o que seriam. Por fim, considerando que o trabalho de interpretação da própria obra é uma constante em Nietzsche, por que Zaratustra e Dioniso também se tornam interlocutores privilegiados nessa tarefa de compreensão e apresentação do próprio pensamento nietzschiano.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BATAILLE, George. “Zaratustra e o encantamentodo jogo”. In: BATAILLE, George. Sobre Nietzsche. Tradução de Fernando Scheibe. São Paulo: Autêntica, 2017, pp. 361-363.
FIGAL, Günter. “Nietzsches Dionysos”. In: Nietzsche Studien 37. Berlim:Walter de Gruyter & CO., (2008), pp. 51-61.
HEIDEGGER, Martin. “Quem é o Zaratustra de Nietzsche?”. In: Ensaios e conferências. Petrópolis: Vozes, 2002, pp. 87-110.
LEBRUN, Gérard. “Quem era Dioniso”? In: A filosofia e sua história. São Paulo: Cosacnaify, 2004, pp. 355-378.
LIMA, Márcio J. S. As máscaras de Dioniso: filosofia e tragédia em Nietzsche. São Paulo/Ijuí: Discurso/Ed. Unijuí, 2006.
NIETZSCHE, F. Sämtliche Werke. Kritische Studienausgabe (KSA). Berlin/New York: Walter de Gruyter, 1999.
____. Nietzsche Briefwechsel. Kritische Gesamtausgabe (KGB). Berlin/New York: Walter de Gruyter, 1975.
____. Sämtliche Briefe: Kritische Studienausgabe (KSB). Berlin/ New York: Walter de Gruyter, 1986.
_____. O nascimento da tragédia. Trad. J. Guinsburg, São Paulo: Cia. das Letras, 1992.
_____. Assim falou Zaratustra. Trad. de Paulo César de Souza. São Paulo: Cia. das Letras, 2009.
_____. Ecce Homo. Trad. de Paulo César de Souza. São Paulo: Cia. das Letras, 1999.
ROLLINRAKE, R. Nietzsche, Wagner e a filosofia do pessimismo. Tradução de Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Zahar, 1986.
SLOTERDIJK, Peter. O quinto “evangelho” de Nietzsche. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2004.
SÖRING, Jürgen. “Incipit Zarathustra - vom Abgrund der Zukunt”. In: Nietzsche Studien 8. Berlim:Walter de Gruyter & CO., (1979), pp. 334-361.
VIVARELLI, Vivetta. “A arte da alusão e os mitos escondidos em Assim falou Zaratustra”. In: Cadernos Nietzsche V. 39, 2. Guarulhos/Porto Seguro, 2018, pp.77-96.
ZITTEL, Claus. “Sentenças, rupturas, contradições. Provocações e problemas de interpretação a partir das relações e das perspectivas narrativas no Assim falava Zaratustra de Nietzsche”. In: Cadernos Nietzsche V. 39, 2. Guarulhos/Porto Seguro, 2018, pp. 29-48.

Downloads

Publicado

20-12-2018

Edição

Seção

Artigos