Sueli: romance confesso e o jogo performático do escritor

Autores

  • Camila David Dalvi Instituto Federal de Educação do Espírito Santo Ifes

Resumo

Neste breve estudo pretende-se discutir alguns elementos importantes na obra Sueli: romance confesso (1989), de Reinaldo Santos Neves, como metaficção, espaço autobiográfico e, sobretudo, performance. Após uma concisa recuperação do conceito de performance nas artes plásticas e de suas influências na literatura – retomando-se, é claro, a relação com as artes cênicas –, realiza-se um exercício crítico acerca da obra em questão, a fim de trabalhar, nos elementos autoficcionais e na carpintaria literária da obra, o caráter performático/cênico nela presente e a importância do texto de Reinaldo Santos Neves para as Letras. As bases teóricas do trabalho serão evocadas de textos de Cohen, Klinger, Beigui e Arfuch.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Camila David Dalvi, Instituto Federal de Educação do Espírito Santo Ifes

Doutora em Letras pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

Referências

ARFUCH, Leonor. A vida como narração. In: ______. O espaço biográfico: dilemas da subjetividade contemporânea. Trad. Paloma Vidal. Rio de Janeiro: Eduerj, 2010. p. 11-150.

BEIGUI, Alex. Performances da escrita. Disponível em <http://www.letras.ufmg.br/poslit/08_publicacoes.../02-Alex%20Beigui.pdf>. Acesso em: nov. 2018.

CAMARGO, Maria Rosa Rodrigues Martins. Sobre leitura e escritos autobiográficos: apontamentos teóricos. In. ______ (Org.) Leitura e escrita como espaços autobiográficos de formação. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010. p. 13-30.

COHEN, Renato. Performance como linguagem: criação de um tempo-espaço de experimentação. São Paulo: Perspectiva, 2002.

DUQUE-ESTRADA, Elizabeth Muylaert. Im/Possibilidades da autobiografia. In: ______. Devires autobiográficos: a atualidade da escrita de si. Rio de Janeiro: Nau, 2009. p. 17-58.

FLEURY, Karina de Rezende Tavares. Reynaldo Santos Neves por Reinaldo Santos Neves: apontamentos sobre a autoficção em Sueli: romance confesso. Disponível em: <http://www.tertuliacapixaba.com.br/paraler/reynaldo_santos_ neves_por_reinaldo_santos_neves_apontamentos_sobre_a_autoficcao_em_sueli_romance_confesso.html>. Acesso em: jan. 2019.

KLINGER, Diana. O retorno do autor ou The personalistheoretical. In: ______. Escritas de si, escritas do outro: o retorno do autor e a virada etnográfica. Rio de Janeiro: 7Letras, 2007. p. 36-57.

MATUK, Artur. Prefácio. In: COHEN, Renato. Performance como linguagem: criação de um tempo-espaço de experimentação. São Paulo: Perspectiva, 2002.

MARTINELLI FILHO, Nelson. Confissão e autoficção em Sueli: romance confesso, de Reinaldo Santos Neves. In: RIBEIRO, Adelia Maria Miglievich; PADILHA, Fabíola; LEITE, Leni Ribeiro (Org.). Que autor sou eu? Deslocamentos, experiências, fronteira. Vitória: Ufes, 2012. v. 1, p. 307-321.

MARTINELLI FILHO, Nelson. Confissão e autoficção na obra de Reinaldo Santos Neves. Dissertação (Mestrado em Letras) – Programa de Pós-Graduação em Letras, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2002.

NASCIMENTO, Evando. Matérias-primas: da autobiografia à autoficção – ou viceversa. In: NASCIF, Rose Mary Brandão; COUTINHO, Verônica Lucy (Org.). Literatura, crítica, cultura IV: interdisciplinaridade. Juiz de Fora: UFJF, 2010. p. 189-207.

NEVES, Reinaldo Santos. Sueli: romance confesso. Vitória: Fundação Ceciliano Abel de Almeida, 1989.

NEVES, Reinaldo Santos. Sueli: romance confesso. 2. ed. Vitória: Fundação Ceciliano Abel de Almeida, 1991.

OLIVEIRA, Luiz Romero de. O amor e a escrita. Disponível em:<http://www.periodicos.ufes.br/contexto/article/viewFile/6838/5034>. Acesso em: jan. 2019.

SIBILA, Paula. Eu real e os abalos da ficção. In: ______. O show do eu: a intimidade como espetáculo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008. p. 195-230.

ZUMTHOR, Paul. Performance, recepção e leitura. Trad. Jerusa Pires Ferreira e Suely Fenerich. 2. ed. São Paulo: Cosac Naify, 2007.

Downloads

Publicado

10-05-2019

Edição

Seção

Portfólio (Artigos)