A DISCURSIVIDADE E A COMPREENSÃO DAS VOZES DOS OUTROS NAS FONTES HISTÓRICAS À LUZ DE MIKHAIL BAKHTIN E CARLO GINZBURG

Autores

  • Deane Monteiro Vieira Costa IFES/Campus Venda Nova do Imigrante

Resumo

RESUMO: Este texto tem por objetivo analisar duas ideias/noções envolvidas nas pesquisas de perspectivas históricas, a saber: o caráter discursivo das fontes históricas e a compreensão das “vozes dos outros” e/ou “palavras alheias”.  Assim, abordaremos, neste artigo, tendo em vista os seus limites, essas duas noções à luz de Mikhail Bakhtin e Carlo Ginzburg. Apesar de Bakhtin e Ginzburg serem autores que recorrem a procedimentos metodológicos distintos, porque colocam questões diferenciadas de análises, propomos, nesta publicação, as aproximações, seja na contribuição que trazem para a filosofia da linguagem, literatura, antropologia e historiografia, seja na maneira de nos “obrigar” a pensar de outra forma os objetos, conceitos e problematizações de nossos estudos.

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Biografia do Autor

Deane Monteiro Vieira Costa, IFES/Campus Venda Nova do Imigrante

Possui graduação em Licenciatura em História pela Universidade Federal do Espírito Santo (2000), graduação em Pedagogia pelo Centro de Ensino Superior Alternativo (2012), mestrado em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo (2005) e doutorado em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo (2012). Atualmente é coordenadora do Núcleo de estudos sobre Educação, Trabalho e Juventudes(NETEJUV) do IFES/ Campus Venda Nova do Imigrante e membro pesquisador - Laboratório de Gestão da Educação Básica do Espírito Santo (LAGEBES), do Núcleo Capixaba de Pesquisa em História da Educação (NUCAPHE) e professor pesquisador do Curso de Pós-graduação Lato Sensu em Coordenação Pedagógica-Ead (MEC/SEB/SEDU/UNDIME-ES/LAGEBES).

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Publicado

28-12-2016

Edição

Seção

Artigos