O mundo da 'pólis': reflexões a partir do modelo ateniense e da crise no território políade no século IV a.C.

Autores

  • Alessandra André

DOI:

https://doi.org/10.17648/rom.v0i7.14518

Palavras-chave:

Pólis, Guerra do Peloponeso, Desestruturação, Macedônia, Cosmopólis

Resumo

Derivado do termo grego pólis, que significa cidade, o adjetivo
políade, serve para designar o sistema político surgido na Grécia por volta
do século VIII a.C., no território que ficou conhecido como Hélade, e que
entrou em um processo de desestruturação a partir do final do século
V a.C. Nosso objetivo, neste artigo, é esboçar de forma geral a natureza
deste tipo particular de estado que foi a cidade grega, ao mesmo tempo
que buscamos mostrar os elementos que levaram à desestruturação deste
sistema, como a Guerra do Peloponeso e a emergência da Macedônia
como uma potência política e militar, fatores que contribuíram de certa
forma para novas reflexões sobre a pólis e a basileia. Devido ao fato de
a maior parte das informações sobre a politeia grega provir de Atenas
e de as fontes consultadas neste artigo serem de origem ateniense,
desenvolvemos nossas reflexões a partir dessa pólis.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Documentação textual

ARISTÓTELES. Política. Tradução de Roberto Leal Ferreira. Rio de Janeiro: Martins Fontes, 2006.

DEMOSTHENES. Orations: olynthiacs, philippics, minor public orations. Translated by J. H. Vince. London: Loeb Cassical Library, 1998.

ISÓCRATES. Discursos histórico-políticos. Traduccíon por A. R. Romanillos. Buenos Aires: Espasa-Calpe, 1944.

ISOCRATES. Panegyricus. Translated by G. Norlin. London: Harvard University Press, 1961.

PLATÃO. Górgias. Tradução de C. A. Nunes. Pará: UFBA, 2002.

XENOFONTE. Memoráveis. Tradução de A. E. Pinheiro. Coimbra: Centro de estudos Clássicos e Humanísticos, 2008.

Obras de apoio

ANDRÉ, A. A crise do sistema políade: a redefinição da identidade ateniense nos discursos de Isócrates e Demóstenes (séc. V e IV a.C.). 2009. Dissertação (Mestrado em História) – Programa de Pós-Graduação em História, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2009.

ARENDT, H. A condição humana. Rio de Janeiro: Forense, 2007.

BUCKLEY, T. Aspects of Greek history: 750-323 B.C. London: Routledge, 1996.

CANFORA, L. O cidadão. In: VERNANT, J. (Org.). O homem grego. Lisboa: Presença, 1994, p. 105-129.

CARDOSO, C. F. A cidade-Estado antiga. São Paulo: Ática, 1985.

CLASTRES, P. A sociedade contra o Estado. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1989.

FAYE, J. Demagogia. In: ROMANO, R. (Org). Einaudi: política/tolerância/intolerância. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da moeda, 1996, p. 231-245. v. 22.

FINLEY, M. I. Os gregos antigos. Lisboa: Edições 70, 1988a.

FINLEY, M. I. Democracia antiga e moderna. Rio de Janeiro: Graal, 1988b.

GUARINELLO, N. L. Imperialismo greco-romano. São Paulo: Ática, 1987.

HAMMOND, N. G. L. The Macedonian State: origins, institutions, and history. Oxford: Claredon Press, 2001.

JAEGER, W. Paideia: a formação do homem grego. São Paulo: Martins Fontes, 2013.

LIMA, A. C. C. Os conflitos sociais gerados pelas hetaireíai nos simpósios em Atenas no final do V século a.C. Phoînix, ano 4, p. 17-23, 1998.

LONDEY, P. Philip II and the Delphic Amphiktony. Meditarch, v. 7, p. 25-34, 1994.

MOMIGLIANO, A. Philippe de Macédoine: essai sur l’ histoire grecque du IV siècle av. J.-C. Milano: L’ Éclat, 1992.

MOSSÉ, C. Atenas: a história de uma democracia. Brasília: Editora da UNB, 1997.

MOSSÉ, C. As instituições gregas. Lisboa: Edições 70, 1985.

MOSSÉ, C. Histoire des doctrines politiques en Grèce. Paris: PUF, 1975.

PLÁCIDO SÚAREZ, D. Las formas del poder personal: la monarquia, la realeza y la tirania. Gérion, 25, n. 1, p. 127-166, 2007.

REALE, G. História da filosofia: Antiguidade e Idade Média. São Paulo: Loyola, 2003.

ROBERT, F. A literatura grega. São Paulo: Martins Fontes, 1987.

ROCHA, M. C. C. F. A palavra como prática política na democracia ateniense. Phoînix, n. 1, p. 115-121, 1995.

ROSTOVZEFF, M. História social y económica del mundo helenístico. Madrid: Espasa-Calpe, 1967.

SOUZA, M. A. P. O estrangeiro e o bárbaro na Grécia antiga: a questão da alteridade. In: FÉLIX, L. O.; GOETTEMS, M. B. (Org.). Cultura grega clássica. Porto Alegre: Ed. UFRGS, 1988, p. 55-68.

THÉBERT, I. Reflexão sobre a utilização do conceito de estrangeiro: evolução e função da imagem do bárbaro em Atenas na época clássica. Diógenes, v. 9, p. 17-33, 1987.

THEML, N. A realeza dos macedônios (VIII E VII a.C.): uma história do outro. Tese (Doutorado em História) – Programa de Pós-Graduação em História, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 1993.

VECA, S. Política. In: ROMANO, R. (Org.). Einaudi: Política/tolerância/intolerância. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da moeda, 1996, p. 11-35. v. 22.

VIDAL, G. R. Procedimentos de la argumentación retórica de Antifonte a Quintiliano. Habis, v. 29, p. 37-50, 1998.

Downloads

Publicado

30-06-2016

Como Citar

ANDRÉ, Alessandra. O mundo da ’pólis’: reflexões a partir do modelo ateniense e da crise no território políade no século IV a.C. Romanitas - Revista de Estudos Grecolatinos, [S. l.], n. 7, p. 29–48, 2016. DOI: 10.17648/rom.v0i7.14518. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/romanitas/article/view/14518. Acesso em: 18 abr. 2024.

Edição

Seção

Dossiê: Entre a ‘pólis’ e o ‘imperium’: formas de governo no Mundo Clássico