Isolamento compulsório de leprosos no Espírito Santo: notas sobre a implantação da colônia de Itanhenga (1937) e a experiência da segregação

Autores

  • Tânia Maria de Araujo UFES

Resumo

Com finalidade de internar compulsoriamente pessoas contaminadas pela lepra, o estado do Espírito Santo implantou em 1937 a Colônia de Itanhenga na cidade de Cariacica. A internação compulsória se constituía em medida oficial para o mal e retirou da convivência pessoas doentes pela enfermidade ou suspeitas de assim estarem. Sob o pretexto de curar e tratar a doença, tais pessoas tiveram suas vidas rompidas por um diagnóstico carregado de estigma e medo. O objetivo do trabalho ora apresentado é trazer apontamentos iniciais que contribuam para a compreensão da prática de isolamento de pacientes de lepra no ES através do processo de instalação da Colônia de Itanhenga, destacando também a percepção das pessoas que experimentaram a segregação. O trabalho é parte de pesquisa em andamento no Programa de Pós Graduação em História – UFES e consultou fontes bibliográficas e orais. O estudo demonstra uma prática estatal violenta e aponta para uma experiência de estigma e de superação vivida pelos sujeitos submetidos ao isolamento.

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Publicado

29-12-2018

Edição

Seção

Anais da Semana de História