O conceito de mal em Kant é suficiente?

Autores

  • Henrique Franco Morita Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.47456/sofia.v7i1.16111

Resumo

A filosofia compreende o mal presente nos regimes totalitários? Arendt evoca o mal radical segundo Kant. Reconstrói-se, assim, a caracterização kantiana do mal, concentrando-se nas obras A Religião nos Limites da Simples Razão (1793) e Antropologia de um Ponto de Vista Pragmático (1798). As inclinações dividem-se em afetos e paixões. Afetos são insuficientes para macular uma boa vontade, paixões afiguram-se corruptoras. Parte-se, então, à pergunta sobre a natureza humana ser boa ou má, a propensão para o mal e a disposição originária para o bem: a natureza humana é corrompida, mas há responsabilização. Entre natureza e arbítrio, o conceito de mal aponta para o dever de usar a liberdade de acordo com os comandos da lei moral, reconduzindo-se à disposição santa originária. Daí a ideia de que a moral conduz à religião e à plenitude da comunidade ética. Conclui-se, entretanto, que Kant não abarca a superfluidade dos seres humanos – nem a banalidade do mal – como teorizado por Arendt.

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Biografia do Autor

Henrique Franco Morita, Universidade Federal de Santa Catarina

Mestrando em Filosofia, na área de Ética e Filosofia Política.

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Publicado

30-07-2018

Como Citar

Morita, H. F. (2018). O conceito de mal em Kant é suficiente?. Sofia , 7(1), 244–263. https://doi.org/10.47456/sofia.v7i1.16111

Edição

Seção

Fluxo Contínuo